Comunicação Humanizada: do Instintivo ao Consciente
- Malu Zamora
- 18 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de jun.
Você já percebeu como as pessoas se comunicam no dia?
Seja pessoalmente, virtualmente ou nas redes sociais? Como as interações entre pessoas com ideologias políticas opostas são conduzidas?
Durante as últimas eleições, vimos até pais e filhos se distanciando, e discussões aparentemente simples se transformando em grandes desentendimentos.
Movimentos como redpill, incel e Men Going Their Own Way, frequentemente associados a ideologias misóginas, são usados para atacar mulheres. Ao mesmo tempo, muitas mulheres culpam os homens pelos problemas nos relacionamentos.
A humanidade tem acompanhado esse progresso de forma positiva?
Todos nós somos responsáveis por essa situação, mesmo quando tentamos procurar culpados fora de nós mesmos. Contribuímos também quando praticamos violência verbal, seja através de palavras ofensivas ou ao persuadir alguém contra sua vontade. Quando finalmente transcendemos esses padrões instintivos, adotando um diálogo mais humano, empático e respeitoso e uma Comunicação Humanizada?
O que significa fazer a transição da comunicação instintiva para a consciente.
A comunicação instintiva é reativa e defensiva, fundamentada em respostas automáticas e instintos de sobrevivência. Já a comunicação humanizada e consciente busca promover o entendimento, o diálogo e a negociação, criando interações mais produtivas e enriquecedoras.
Em um ambiente de trabalho, por exemplo, pode ser instintivo reagir defensivamente a uma crítica. No entanto, uma abordagem consciente envolve escutar atentamente, refletir sobre o feedback e buscar soluções construtivas para o problema em questão. O mesmo vale para nossas relações pessoais, onde muitas vezes o reflexo imediato é o de atacar ou se defender, mas a comunicação humanizada exige empatia e paciência.
É fundamental que estejamos conscientes de nossos padrões de comunicação e preconceitos subconscientes. Ao refletirmos sobre eles, podemos ajustar nosso comportamento para obter melhores resultados. Além disso, é crucial estarmos cientes do impacto que nossas palavras e atitudes têm sobre os outros. Com essa conscientização, podemos nos conhecer melhor e nos tornar comunicadores mais empáticos e eficazes.
A comunicação humanizada vai além de falar bem. Trata-se de criar conexões autênticas, ouvir com atenção e se abrir para o diálogo, conectando pessoas e grupos de maneira mais profunda e colaborativa. Ao trocar ideias e informações, promovemos a compreensão, empatia e colaboração, construindo pontes e eliminando mal-entendidos. Para ter um diálogo genuíno, é essencial praticar a escuta ativa e demonstrar interesse genuíno em entender a perspectiva do outro.
Negociar - Comunicação Humanizada
É uma habilidade que exige a busca de soluções benéficas para todas as partes, através de concessões e compromissos. Não se trata de vencer ou perder, mas sim de chegar a um resultado positivo para todos os envolvidos. Para alcançar esse objetivo, é importante superar a defensividade e estar disposto a ouvir, compreender e integrar o ponto de vista do outro.
A comunicação humanizada é uma habilidade essencial para quem busca crescimento e desenvolvimento pessoal. Envolver-se em autoconhecimento e compreender a singularidade de cada indivíduo permite melhorar relacionamentos, criar um ambiente de trabalho produtivo, harmonioso e positivo, e até mesmo fomentar uma sociedade mais inclusiva. Embora seja um desafio, os benefícios são imensuráveis. Seja autêntico, inclusivo e gentil em sua abordagem de comunicação para alcançar resultados duradouros.
Imagine uma reunião de equipe onde a prática da escuta ativa e o valor dado às contribuições de cada membro resultam em soluções mais criativas e eficazes. Imagine que essa prática se estende para outras áreas da vida, criando uma rede de interação onde todos são ouvidos e compreendidos, promovendo uma colaboração genuína.
Venha conosco nesta jornada para aprimorar suas habilidades de comunicação. Ao adotar uma comunicação consciente e colaborativa, você estará ajudando a construir uma sociedade mais empática e construtiva, beneficiando não só sua vida pessoal e profissional, mas o bem-estar coletivo.
Juntos, podemos construir um futuro mais consciente e colaborativo, onde a comunicação eficaz e respeitosa seja a força motriz de nossas interações.
SOBRE MALU ZAMORA

Maria de Lurdes Zamora Damião é mestre em Administração – Gestão de Organizações e pessoas, especialista em Consultoria de RH, com formação em Psicologia e Pedagogia. Atua há mais de 40 anos na educação formal, corporativa e na gestão. Possui diversas certificações em desenvolvimento humano, como SHL, Coaching, Liberating Structures, IKIGAI e PSYCH-K®. Coautora de livros sobre liderança, empatia e diversidade. Apaixonada pela vida e engajada na construção de uma sociedade mais consciente e empática.
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